segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A CRISE DE IDENTIDADE

Apreciamos  e admiramos algumas logomarcas de empresas e organizações, elas trazem consigo as características e o dna da organização ou empresa a que elas representam. Algumas dessas logomarcas são centenárias. Os marketeiros sabem que ao trocar ou alterar uma logomarca muitas vezes poderá descaracterizar à organização.

Usamos esta ilustração para trazer uma reflexão sobre a nossa identidade como Igreja.Estamos perdendo as marcas que nos identificam como tal. As igrejas estão sendo transformadas em meras prestadoras de serviços.O "cliente" compra o "serviço" e pode ou não voltar aquela igreja, mas o que importa é se ela está engrossando as estatísticas e a conta bancária.
http://paoevinho.org/?p=7151

Um dia desses eu fomos abordado por uma professora de Escola Dominica, ela desejava que  participassemos como orador da "noite do pijama". Nesse ritual consagrado na cultura norte-americana, grupinhos de adolescentes vestiam seus pijamas e camisolinhas para conversar na cama até tarde sobre, adivinhe,  sobre  meninos. No correr das décadas, repúblicas femininas de grandes faculdades começaram a incluir música alta, bebida e rapazes na brincadeira.

Numa igreja famosa, foi instituida esta "pequena" festa com o intuito de conquistar jovens para Jesus.Os participantes vieram com todos os tipos de fantasias. O nosso questionamento, e não abro mão de fazê-lo é até que ponto a importação dessas atividades não é o reflexo da ausência da espiritualidade da Igreja. A ausência de Deus, leva as pessoas a providenciarem substutivos para preencherem os espaços vazios deixados por Deus.“Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas que não retêm as águas”. (Jr 2.13) O profeta Jeremias em seu tempo já denunciava o abandono do povo ao seu Deus, e buscando coisas de nenhum valor. Deixaram de beber de águas cristalinas, para sorver águas lamacentas.cisterna era um lugar onde era guardada água potável. A maioria dessas cisternas eram reservatórios cobertos, escavados na terra ou na rocha, para onde escorria o excesso das águas da chuva e guardadas para serem usadas no período da seca na Palestina que abrangia entre maio e setembro. Uma cisterna seca e abandonada podia ser usada como cárcere, conforme vemos com José e com Jeremias (Gn 37.22; Jr 38.6). Por sua vez, cisternas rotas eram cisternas rachadas, que não guardavam a água e não a mantinham limpa.

Estamos trocando a presença de Deus por um artificialismo barato que cheira ao neo-paganismo. Colocamos fumacinhas de gelo seco, para simulação da presença de Deus.Gritamos palavras de ordem, chavões bastante conhecidos utilizados por pregadores itinerantes, alguns já até patentearam alguns desses chavões em camisetas. "As marchas para Jesus" estão inserindo coreografias transplantados do carnaval.É como se precisássemos de mais outros ingredientes além da presença de Deus.  São sinais de que estamos numa crise grave de identidade. São sinais de que estamos numa crise grave de identidade.

Fomos convidado para ministrar sobre a missão da Igreja na terra. A pessoa que nos convidou pediu para que no final do trabalho fizéssemos um "avivamento". Sinto, que estamos ofuscados pela "nossa própria glória" e não a do Senhor.

Precisamos buscar de Deus um genuíno avivamento bíblico para esse tempo de crise. Em 2 Cr 7.14, Deus estabelece, não uma receita mas príncípios para trazer o verdadeiro avivamento:


1. HUMILHAÇÃO
2.ORAÇÃO
3.UMA BUSCA VERDADEIRA PELA PRESENÇA DO SENHOR
4.ABANDONAR AS PRÁTICAS MUNDANAS


O resultado de tudo isso é que Deus virá como chuva, para sarar as nossas igrejas, as nossas famílias.








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